terça-feira, 28 de junho de 2011

[Review] Mortification - Bloodworld (1994)

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Logo após o sucesso de "Live Planetarium", o clássico DVD/CD ao Vivo do Mortification, o aclamado baterista Jayson Sherlock anunciava sua transferência para a banda de doom metal Paramaencium.

Em seu lugar, entrou o técnico Phill Gibson, fazendo sua estréia em Blood World. - contando então com Steve Rowe (Voz/Baixo) e Michael Carlisle (Guitarra). O 6º álbum da banda marcou uma nova direção, amenizando o death metal e puxando pra linha de frente um groove/thrash com influências hardcore. Steve passou a usar mais os gritos do que os rosnados.

Devo confessar que, talvez, este seja o álbum que eu menos gosto do Mortification. Não tenho nada contra influências core, muito menos com o metalcore e o deathcore (sub-gêneros que eu aprecio muito!). Mas aqui, essas influências não colaram com o som do Mortification. Simplesmente ficou deslocado quanto ao som da banda. A primeira vez que ouvi "Blood World", achei muito, mas muito estranho mesmo. Não parecia Mortification, na verdade.

As primeiras faixas, "Clan Of The Light", "Blood World" e "Starlight" soam muito estranhas. O ouvinte desavisado chega a levar um susto com o início de "Clan Of The Light", com Steve dando um grito para então soarem as batidas e riffs que em nada lembram o som brutal da banda.

Mas o que quero dizer com isso? "Blood World" é tão ruim assim? Bem, como eu disse, o ouvinte vai estranhá-lo muito nas primeiras vezes que o ouvir. Eu, por exemplo, ainda estou tentando me acostumar! Mas há momentos bons sim!

Como "Monks Of The High Lord", que logo em sua intro lembra um pouco as velhas introduções do Mortification, seguido de uma cavalgada no baixo que lembra mais o classic metal no estilo Iron Maiden. Alguns riffs de guitarra puxado para a linha core e então um thrash metal que lembra um pouco o Sepultura, mas o refrão até se aproxima do velho Mortifa.

O maior destaque, com certeza, é "Symbiosis", já conhecida do público através do "Live Planetarium" - mas aqui ela ganhou uma intro diferente, mais puxada para o classic/heavy metal. Ainda assim, o restante da música, com sua pegada thrash, continua, sendo de longe a melhor faixa do CD.

Após isso, o álbum realmente dá uma grande melhorada, apostando em pegadas mais brutais como "Love Song" (não se engane pelo título!) e "Live by the Sword" - parecendo ter dado uma girada de cabeça!

Destaque também para a curta "J.G.S.H.", de apenas 29 segundos, onde Steve grita uma única frase repetidas vezes, enquanto a banda destrói tudo ao fundo.

"Dark Allusions" não apresenta nada demais. Eu diria que fica no meio termo em relação as demais faixas desse álbum.

Agora, a grande pergunta é: Vale a pena ouvir esse CD?
Vale sim, tanto pelo fator histórico e discográfico da banda, como por sua inovação - seja ela boa ou ruim (só assim para cada um tirar suas próprias conclusões).
Mesmo não estando entre meus álbuns preferidos do Mortification, é um álbum acima da média e traz bons momentos ao ouvinte.

Apesar da grande mudança, "Blood World" teve grande sucesso nos Estados Unidos, mas infelizmente Phil e Michael deixaram a banda, e Steve permaneceu por si só. 1994 também foi o nascimento da gravadora de Steve, a Rowe Productions.

NOTA: 3/5

Track-List
  1. "Clan of the Light" - 4:20
  2. "Blood World" - 4:13
  3. "Starlight" - 4:50
  4. "Your Life" - 4:15
  5. "Monks of the High Lord" - 6:16
  6. "Symbiosis" - 7:11
  7. "Love Song" - 4:03
  8. "Live by the Sword" - 3:24
  9. "J.G.S.H." - 0:29
  10. "Dark Allusions" - 5:45
Line-Up:
  • Steve Rowe - Baixo & Vocais
  • Michael Carlisle - Guitarra
  • Phil Gibson - Bateria

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